Quatro meses de férias

Uma semana depois do nascimento da Maria Rita, cruzei-me com uma tia-avó que, logo após ver a princesa, me perguntou: e quanto tempo vais ficar de férias? Ora, eu rapidamente corrigi: não são férias, é licença de maternidade. Pouco adiantou. Reparei na cara dela que os dois conceitos eram a mesma coisa. Não são! Não são mesmo! O cansaço, a desorientação e a sensação de incompetência não fazem parte do meu conceito de férias. Sentimentos-sombra. Volta e meia aparecem para me lembrar como isto tudo é novo.

Li num artigo que as mães levam quatro meses a adaptar-se à nova realidade. Não sei se as contas estão certas. Para mim, a adaptação é diária. O que dá certo num dia, no seguinte já não dá!  Para piorar, a minha filha que, durante meses, dormiu horas intermináveis de noite, agora acha que maminha durante a noite é que é.

O que é certo é que parece haver uma espécie de novo capítulo aos quatro meses. Como se aceitássemos não ter todas as respostas e vivéssemos um pouco melhor com isso. Além do mais, o importante é rir-me com o tagarelar rouco dela – três dias a falar pelos cotovelos puseram-na rouca ( diz que é normal nos bebés que começam a palrar)!

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Os meus amores

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